Pra começar a encarar que 2010 tá aí:
Em 2010 eu:
Da série projeto vida organizada:
- quero ser mais organizada, e ter uma casa arrumada - sem neuras, mas arrumada.
- quero pagar todas as minhas contas em dia (importante esta!)
- quero cuidar melhor das minhas roupinhas e não delegar tudo para a faxineira
Da série projeto verão de top
- quero fazer academia
- quero comer melhor, principalmente em casa
- quero conseguir fazer supermercado e me dar ao trabalho de comer as frutas que ele compra (q sempre me dão uma preguiiiiiça)
- quero tomar 2 litros de agua por dia
- quero continuar no empenho de ter pé e mão pintados e bem bonitinhos
- quero usar demaquilante sempre que eu passar maquiagem (grave isto!!)
- quero passar protetor solar no rosto todos os dias (mais grave ainda!)
- quero passar hidratante todos os dias
Da série amigas queridas do coração:
- quero continuar almoçando com a Ju sempre
- quero continuar vendo as meninas do Sedes, mesmo agora q terminou o curso
- quero rever algumas amigas q não vi este ano
- quero conserver e cultivar as velhas amigas, e fazer novas tb pq é gostoso!
- quero curitir muito os bebes das meninas q vem por aí - assim já vou treinando!
Da série amores e delícias:
- quero viajar mais só com ele
- quero namorar mais, mais, mais e mais...
- quero ajuada-lo com alguns projetos que eu gosto: blog, twitter, escola de música...
Da série projeto pessoa culta e interessante:
- quero fazer formação em photoshop
- quero estudar história da arte
- quero fazer o curso de formação de escritores
- quero estudar mais fotografia
- quero estudar mais psicanálise
- quero ler mais livros de ficção
- quero ler mais livros de psicanálise
- quero ler mais
- quero ler mais frances também
- quero ir mais ao cinema
- quero ir mais a mostras e exposições de arte
Da série trabalhadora do Brasil:
- quero ter hora para sair do consultorio
- quero ter mais pacientes
- quero continuar com os meus pacientes de home care
- quero ganhar mais grana e trabalhar menos horas (quem não quer?)
- quero ter mais eventos pra fotografar
- quero parir o site de fotografia logo
Da série familia e famila a:
- quero passar mais tempo com meus avós
- quero sair mais com a minha irmã
- quero sair mais com os meus pais
- quero me meter menos nas coisas da minha irmã
Acho q por hora, tá bom, não tá não?
F.L. - que venha 2010
domingo, 27 de dezembro de 2009
sábado, 26 de dezembro de 2009
Se tiver amor, eu fico!
To out faz tempo, mas é que tem tanta coisa acontecendo que não tive tempo pra respirar.
No clichê clássico do final do ano, vou repetir aqui que este ano passou muito rápido e acho que o natal não chegou. Ele me atropelou, isso sim! Um atropelo no bom sentido, pq se vc ainda não sabe, a segunda data mais esperada do ano é o natal, pra mim... [a primeira é o aniversário, mas já falamos disto este ano, e vamos falar no ano que vem e assim até eu deixar de fazer aniversário algum dia...!]
Na verdade meu caso de amor ultrapassa o natal e até mesmo o meu aniversário. Meu caso de amor é com as festas, com receber gente, com preparar a casa... adoro este coisa toda, o furor, o cheiro de comida saindo da cozinha, a bagunça, o caos no dia seguinte [ok, esta parte não], escolher os presentes pra que eles sejam pessoais e pra que vc saiba que eu pensei em vc quando o comprei... tudo isto me apaixona mesmo! Acho que isto é a minha porção de feminino mais rasgada e declarada. E não vejo a hora do natal ser na minha casa!!
E ano passado eu tive um natal de pesadelo. Um natal muito chato. Daqueles mais chatos de todos os tempos. E eu fiquei realmente muito triste, e desejei que nem fosse natal. E daí o reveillon foi assim também e parecia que 2009 seria um ano em que os muitos só estariam acompanhados dos chatos, tristes, feios e outras coisas dessas sem graça alguma.
Então uma mão amiga querida me ajudou a ver que eu tava sendo boba [simplificando bastante o tormento e todas as mãos amigas que tiveram por aqui comigo]... e passei um ano me apaixonando novamente pelo homem com quem escolhi passar o resto da vida, quando este resto da vida parecia somente resto... E que de resto não teve nada, nem a vida, nem o homem, nem eu. E a gente soube ser fenix. E então seguimos aí, construindo um mosaico lindo com os caquinhos de nós 2, re-inventando o quadro que queremos estampar, every single day.
Lógico que o ano teve bem mais que isto, teve trampo, teve retorno ao home care, teve consultorio funcionando a pleno vapor, teve muita fotografia, teve amigos, teve... vixi, teve coisa que não parou mais! Mas lembrando a minha manhã de 26 de dezembro de 2008, todos os meus caquinhos espalhados pelo chão da sala, e eu escorrendo desmanchada pela casa... a única coisa que eu queria mesmo deixar registrada hoje é o jubilo pelo amor. O meu amor. O dele. O nosso.
O amor dos pequenos gestos e dos enormes, o amor dos presentes, dos desejos, do tesão, do dia a dia, das brigas e do meu desmanchar depois delas, dos carinhos, dos filmes, de adormecer no sofá, de fazer bagunça, de contar os dias para mudar de casa, de planejar o nome dos filhos, de comprar piscina de plástico pra casa nova, de ficar mulherzinha sem vergonha de ser mulherzinha - mas não abusa! - de vc curtir minhas unhas pintas de azul bebe, de adorar todos os seus tenis coloridos... de tantas bobagens e tantas delicias, e sobretudo de saber que vc, olha só... é meu número justinho. E eu, o seu - mesmo quando desajusta!
E quer saber de uma coisa? Se for amor, que ele re-nasça sempre!
F. L.
sábado, 28 de novembro de 2009
ATO MÉDICO
LEIA, ISTO VAI MUDAR A SUA VIDA TB!
Pra quem não sabe, foi aprovado no congresso o Ato Médico.
Ato médico é um projeto de lei que há 4 anos tem sido debatido e que torna exclusivo o diagnóstico e a prescricão de qq terapeutica pelo médico - exclusiva significa proibida aos outros profissionais.
Ou seja, se uma criança precisa de atendimento psicológico pq não esta indo bem na escola, precisa antes que um médico diagnostique o que ela tem (!!!), e decida que é de atendimento psicológico que ela precisa, prescreva o tratamento, o modelo de tratamento e a duração do mesmo (esta já uma realidade para quem trabalha com convênios). Isto vale para todas as demais problemáticas de saúde que envolvam outros profissionais que não os médicos - nutrição, t.o., fisioterapia, educação física, fonoaudiologia... É uma mudança drástica que envolve o profissional e o usuário!
Lembrando que todas estas profissões são regulamentadas e reconhecidas por lei.
Quem não é médico, sabe o quanto brigamos para sermos reconhecidos durante todos estes anos. E quanto já ganhamos em termos de autonomia profissional, e em composições de equipes mais horizontais e muito menos centralizadoras no saber médico. O Ato Médico é um retrocesso, é voltar a verticalização da saúde. É desconsiderar o saber e autonomia dos outros profissionais. Além de desconsiderar a autonomia dos usuários frente ao seu sofrimento.
Vale lembrar que a prescrição de medicação e de outros procedimentos médicos é atividade exclusiva do médico. Só ele tem conhecimento para isto. Ele estudou para isto. Dificuldades escolares, personal trainner, gagueira, etc... pra tudo isto, outras pessoas estudaram e o diagnóstico preciso só pode ser feito por estas pessoas. Portanto são estas pessoas que devem continuar cuidando destes assuntos. Se o médico tivesse estudado todas estas coisas, não teriamos as demais profissões, não é mesmo?
Ainda é necessário que o projeto seja aprovado no Senado. Se assim como eu, vc acha este projeto um absurdo, se manifeste! Envie um email no site do senado www.senado.gov.br e divulgue aos amigos!
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Rapidinha sobre a Inclusão
Ontem eu assisti ao filme Vermelho como o Céu. Um filme lindo, sobre um garoto cego. E quando o filme acabou eu percebi que eu sou absolutamente a favor da inclusão destas crianças e de outras tantas com outras deficiências, em classes regulares de ensino. E quando digo isto, talvez esteja dizendo que sou favor de uma escola nova que não sei bem como seria. Pq não basta criar rampas, ter 1 aluno deficiente entre 1000... Tem que fazer rampa na cabeça. Mudar a mentalidade. Eu ainda não sei como. E sei que é muito complicado. Que é difícil, complicado, que os professores não tem formação pra isto... tudo isto eu já sei. Mas nem por isto eu posso me acomodar. Pq eu posso não saber fazer, e por não estar na pele da escola, ficar num lugar confortável de dizer o que acho certo e o que acho errado, largando a bomba pra escola - não é esta a idéia, e sim compor. Percebi qe mesmo não sabendo como é preciso me posicionar eticamente frente a questão. E decidi ser radical, e não optar pelo conforto. Nem mesmo na posição politicamente correta da inclusão. Eu não sou só a favor da inclusão, eu sou a favor da suposição de que existe um sujeito ali. Sempre.
F. L. - precisando de um agente de inclusão na sua escola? Me contrata!
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Desabafo rapidinho, no meio da tormenta
Cara!
Ser psicanalista de consultório particular é muito foda.
F.L. - respira fundo, vamos lá!
Ser psicanalista de consultório particular é muito foda.
F.L. - respira fundo, vamos lá!
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Rapidinha sobre a Mostra de Cinema de SP
33a. Mostra de Cinema de Sao Paulo
Bom, pra quem era virgem em Mostras de Cinema, ter assistido 2 filmes - até o final quero ver se consigo ver mais - já é um bom começo!
Lágrimas de Abril (Käsky) 2008 - Finlândia
Guerra Civil Finlandesa, abril de 1918 [nem sabia q tinha tido guerra na Finlandia. Aliás, não sabia nada da Finlândia!]. Os brancos vitoriosos caçam os guardas vermelhos remanescentes. Cerca de 2.000 mulheres lutaram entre os soldados vermelhos, entre elas Miina Malin, comandante do esquadrão feminino. Após escapar do fuzilamento, Miina é recapturada por Aaro Harjula, um soldado branco que acredita em justiça e dignidade. Contrariando as ordens de seu superior, Harjula decide levar Miina à corte marcial para ser julgada. Durante o trajeto, acontece algo que mudará o destino dos dois...
Guerra Civil Finlandesa, abril de 1918 [nem sabia q tinha tido guerra na Finlandia. Aliás, não sabia nada da Finlândia!]. Os brancos vitoriosos caçam os guardas vermelhos remanescentes. Cerca de 2.000 mulheres lutaram entre os soldados vermelhos, entre elas Miina Malin, comandante do esquadrão feminino. Após escapar do fuzilamento, Miina é recapturada por Aaro Harjula, um soldado branco que acredita em justiça e dignidade. Contrariando as ordens de seu superior, Harjula decide levar Miina à corte marcial para ser julgada. Durante o trajeto, acontece algo que mudará o destino dos dois...
Baseado no romance de Leena Lander, "Lágrimas de Abril" é um mergulho em um cenário de violência, miséria, poesia e desejos reprimidos, emoldurados por uma belíssima fotografia.
Lindo filme. Primeiro filme de guerra que me emociona. Atores ótimos - e lindos. História bem construída. Muito bonito mesmo. Recomendo.
Dente Canino - 2009 - Grecia.
Direção: Yorgos Lanthimos
Vencedor do prêmio de melhor filme da mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes, 2009.
Pai, mãe e três filhos vivem nos arredores de uma cidade. A casa é isolada por uma alta cerca que os filhos nunca puderam ultrapassar. Eles são educados, entretidos, entediados e exercitados da maneira que seus pais acham correto, sem nenhuma interferência do mundo externo. Acreditam que o avião que veem passando ao longe no céu é um simples brinquedo, e zumbis são flores pequenas e amarelas. A única pessoa autorizada a entrar na casa é Christina, que trabalha como segurança no escritório do pai e visita o filho a fim de satisfazer suas necessidades sexuais. Toda a família gosta dela, em especial a filha mais velha. Um dia, Christina dá a ela uma bandana que brilha no escuro e pede uma outra coisa em troca. (http://www.mostra.org/exib_filme.php?filme=379)
Incrível! Na vibe do Anticristo, mas com toques de humor. Muito interessante para pensar a genêse da psicose.
F.L. - cinemaniaca
domingo, 1 de novembro de 2009
Des-PONTECIA
Existem certos encontros que produzem uma sensação de despotência. Todo mundo passa por isto. Você pode até não identificar, mas você passa (ou vai passar). Eu passo. E daí sinto um esvaziamento mesmo. Eu nunca sei mensurar ou explicar exatamente porque, quando, como, mas eu sinto na pele este vazio. De repente, puff. Se esvazia. E é muito violento. Pelo menos comigo.
E quando este vazio aparece e resolve se alocar em mim, eu não fico deprimida. Eu acho tudo chato, sem graça, imbecil, burro, fico com raiva e apática. Cinza. Porque não é um vazio meu, é um vazio vindo de um encontro que foi capaz de produzir esta afetação. Neste sentido não é um encontro vazio, daqueles que não produzem nada. Pelo contrário. Produz um efeito avassalador de vazio. Solidão imensa. Daquelas que parecem jamais ter solução.
As vezes eu sinto isto nos encontros de psicanálise. Acho tudo chato, besta. Acho as pessoas e seus maneirismos um porre. Acho o vocabulário afetado, fechado, soberbo. Acho os comentários repetitivos, burocráticos, sem nenhuma abertura para o novo.
Acho as mulheres e seus sapatos de bico quadrado chatérrimamente iguais – e olha que eu também tenho alguns destes sapatos aí. Os jargões, os papos, os cortes de cabelos modernos, as cores, as roupas, os colares grandes e coloridos, os temas, as conjecturações... tudo isto um amontoado de repetições chatas.
Eu sempre penso, mas ainda não consegui botar em texto esta história, que o fazer clínico esta na mesma direção do fazer artístico. Na quietude do artista em seu processo de criação. Na bohemia das noites mal dormidas. No flerte fronteiriço com a loucura e a depressão - único local possível que penso para nascerem as genialidades. No tesão e no frisson da criação posta em ato. No narcisismo - por que não? Mas sobretudo, na ousadia em ser aquilo que você é. O artista – no meu idílico do que é o artista – é alguém que ousa ser quem é e faz disto sua obra prima. Ousa pintar daquele jeito que ninguém nunca antes pintou. E não porque é ou quer ser genial. Também. Mas simplesmente porque não consegue fazer diferente. Tem que ser daquele jeito. Ousa pensar o diferente. Ousa expor o diferente, apesar das críticas ou paixões que possa despertar. E assim faz nascer a arte. E o encantamento. O artista, neste sentido, é sempre revolucionário e anti-heroi.
Quando encontro um amontoado de gente igual, falando igual, repetindo chavões que nem elas mesmas compreendem, eu me bodeio porque acho que, antes de mais nada, a psicanálise é local de revolução – do analista, do sujeito, da pratica, da teoria, da historia.... A psicanalise nasceu assim, quebrando paradigmas – criando outros, claro – ousando dizer o indizível. Correndo o risco de ser taxada de maluquice, bruxaria e o que mais você quiser dizer. Cheia de teóricos-artistas, que produziram rupturas com sabereres e conhecimentos até então sacralizados. Que ousaram ser loucos. Apaixonados pelas suas disciplinas, tomados por elas, em produções incessantes de conhecimento visceral. Na contra corrente de uma idéia, anti-herois por natureza, com vidas pessoais interessantíssimas, e interesses tão diversos quanto suas produções. Sem medo de dizer as bobagens que fizeram. E com muito medo também, tateando no escuro um sujeito e suas manifestações – neste sentido, todos bem humanos.
F.L. - divagando....
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