sábado, 30 de agosto de 2008

Algo de bom

Então a amiga perguntou a ela, mas o que ainda resta? Ela disse que ainda o amava. O que, insistiu? Ela foi contando que o admira, que sente desejo por ele, que gosta da companhia dele, de adormecer no seu colo, de conversar bobagens até as 6hs da manhã... Mesmo assim, com tudo isto que ela ainda ama nele, ela não sabe se ainda há salvação. Porque o problema não é ele. É ela. Ela não se ama mais com ele. Ela tem vergonha daquilo no qual ela vem se trasformando. Ela não se quer mais deste jeito. E cada vez que ela olha pra ele, pras coisas deles juntos, pras fotos - malditos registros - pros bilhetes, enfim... cada vez que ela olha pra ele, ela vê aquela pessoa-ela refletida nos olhos dele. Aquele pedaço ela que ela quer esquecer que existe. Que ela quer deletar da vida dela. Mesmo quando tudo esta bem, ela olha e sente aquele embrulho no estomago. E sente medo, não porque não se reconhece fazendo aquelas coisas. Mas porque se reconhece sim, e se assusta com a fúria das ações intempestiva. Com a raiva que é capaz de sentir. Não quer mais se assustar com ela.
Ainda resta algo de bom dele nela. O que ela não sabe é se ainda resta algo de bom dela, nela. E daí, daí tudo é muito mais complicado.

F.L. - trying to be...

A duplicidade de Vênus

A duplicidade de Vênus *

Sobre o chão de Vênus
mãos, braços e pernas
onde outrora derreteram-se
mergulhados no infinito,
solidificam-se.

Os lábios de mágico mel,
conhecem agora o gosto acre esalgado
das lágrimas,
que deságuam na boca, e que escorrem
va-

ga
-ro
-sa
-men
-te pelo rosto,
nascidas do canto dos olhos
que se um dia brilharam de encanto,
agora,
mareados, opacos, molhados.

“...e do riso,
fez-se o pranto...”


Involuntariamente
escorre pelo chão de Vênus
o músculo involuntário.
E o corpo dança no ritmo da mais triste bossa nova.
E na dança pulsa,
tristemente,
o corpo pulsa
Dor. Dor. Dor...

Sobre o mesmo chão onde um dia,
fez-se amor em Vênus,
faz-se agora
Fim de caso.


F.L. - *poema meu, escrito em jun/2000, publicado em uma antologia poética de novos autores em 2003...

domingo, 3 de agosto de 2008

Aonde .?. - Pra onde seu olhar te leva? E você, vai?

Expo Aonde .?. - Pra onde seu olhar te leva? E você, vai?
No Instituto Sedes Sapientiae.

F. L. - A primeira expo a gente nunca esquece............