sábado, 13 de março de 2010

Só pra não esquecer: Me cansa a mim

Sempre que estou fora, lembro disso aqui que postei faz um tempo, ano passado. E daí ententendo tudo. E lembro, de novo, que o que me cansa é a mim mesma... E então posso ficar tranquila de novo. Pq agora eu sei fazer silêncio no (e com) barulho - e isto é muito.

Me Cansa a Mim.

Eu aprecio o silêncio. O silêncio do nada. Nada mesmo. Sem barulho. Sem corpo. Sem nada. Quando parece que meu corpo se desmaterializa e até eu mesma deixo de existir. Por alguns segundos. Não por muito tempo. Só o nada. O nada que eu curto aos domingos qdo acordo e ele ainda esta dormindo. Então me levanto, abro as cortinas - pq detesto cortinas-deprimidas-fechadas - pego uma caneca com suco, faço um queijo quente e me estiro no sofa, devorando o jornal, a e revista da Folha. Sozinha, em silêncio. Sem pressão de hora, compromisso, almoço. Um momento nada. Nem sei se estou ali mesmo. Um momento inteiramente nada. Interamente meu. Interamente cheio. Um nada, mas um nada muito cheio.

 

Eu acho que coisas demais são intrusivas e tudo que é intrusivo me cansa. Barulho demais. Estampa demais. Todos os excessos me cansam. Até carinho demais. Me invade. Não sei viver de outro jeito. Preciso, desesperdamente dos meus momentos nada. Não são exatamente os excessos q me cansam. Me cansa a mim. Pq nos excessos eu sempre tenho que ser eu por mais tempo, e me sobra pouco tempo pra mim. Não tem aquele tempo pra não ser nada, sabe? Aquele tempo nada, do vazio cheio que disse ai em cima. O tempo da bolha, lembra? Ja falei dele aqui. O tempo bolha, o respiro necessário para voltar a ser. Pra voltar. Pra ser.



Eu admiro o silencio. É isto.



Fe Lopes. - si-lên-ci-o

Um comentário:

Jú Pacheco disse...

Viu sua foto de marca a'água do titulo do meu blog?
Ficou LINDO!!