2008 foi um ano cheio de coisas intensas, das muito boas, das nem tão boas assim, das ruins, das bem ruins...
Começou um ano bacana para a Fê-Psicologa, com a minha antiga coordenadora me convidando para substituí-la em suas férias, e daí estas férias foram se estendendo, estendendo... e no fim, ela acabou saindo do trabalho! E eu voltei a fazer o que fazia antes - atender - e passei alguns muitos meses tentando sair deste trabalho, q tanto aprendizado me rendeu. Aprendizado do que é ser psicóloga, do que é clínica, mas sobretudo, com toda a licença para ser piégas, o que é ser pessoa, o que é sobreviver à adversidades da vida tão malucas, e como é possível, diante de tudo isto, se re-inventar, e re-SER, como ouvi daquela minha paciente, de quem foi impossível dizer adeus sem lágrimas nos olhos. Agora encerro o ano de fato fora deste trabalho - assim espero, pq hoje, agora enquanto escrevo, sei q ainda faltam 3 visitas e muitos relatorios, rs...
De fora deste, iniciando um novo, numa clínica que só se fez conhecer em função do antigo trabalho. A tal clínica aonde as pessoas fazem reunião sem sapatos. Tudo muito no começo, mas com a perspectiva de poder desenvolver um trabalho bacana, cercada de gente bacana, o que, sem dúvida, faz toda a diferença.
E a Fê-Fotógrafa também teve um ano e tanto. Dia 05/01 já tinha casamento pra fotografar! E foi depois deste evento que eu tive certeza que trabalhava com a pessoa certa, "seu olhar é muito bonito, mas vc precisa melhorar a sua luz. Vem cá, vou te mostrar o cd do curso de flash e fotometria..." Poxa, ela podia ter chamado outra pessoa, mas ela decidiu apostar. E eu me senti amparada e estimulada. Estudei, comprei equipamento novo, levei a máquina para todos os lugares inimagináveis possíveis e encerramos 2008 sócias, cheias de planos, idéias, perspectivas...!
Na verdade, o grande aprendizado - se é que eu posso chamar de aprendizado - de 2008 foi habitar o entre. Esta terceira margem do rio, em que não existe Fê-Psicóloga OU Fê-Fotógrafa. Só existe Fê, que horas é isto, horas é aquilo e pode ser tudo isto ao mesmo tempo, neste lugar-tempo que é o entre. Não há conforto no entre, há sempre uma tensão. E talvez seja justamente esta tensão que me mova e que movimente o motum perpetuo da vida mesmo.
F.L - Iniciando as retrospectivas
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